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História do Departamento (1999-2008)

A criação do Departamento de Imunologia começou a ser concebida em setembro de 1975, quando o Conselho do Departamento de Microbiologia e Imunologia recebeu a opção de 13 docentes de trabalhar no futuro Departamento de Imunologia, caso este se desmembrasse da Microbiologia. Foi também dado conhecimento ao Conselho Departamental dos entendimentos mantidos com o Prof. Dr. Ivan Mota, do Departamento de Histologia, e com o Prof. Dr. Wilmar Dias da Silva, do Departamento de Parasitologia deste Instituto, para se transferirem para o novo Departamento. O Conselho aprovou, então, que fossem tomadas as providências neste sentido, nomeando o Prof. Dr. Celeste Fava Neto como o redator das justificativas para tal fim.

 

Entretanto, foi somente em novembro de 1981 que a Congregação do Instituto aprovou a formação de uma comissão para instruir o pedido de subdivisão do Departamento de Microbiologia e Imunologia e do Departamento de Fisiologia e Farmacologia.

 

Finalmente, em 17 de dezembro de 1982, foi publicada no Diário Oficial a Resolução 2.446, de 16-12-82, pela qual criou-se o Departamento de Imunologia, com o código BMI.

 

Logo em seguida, o Prof. Dr. Ivan Mota foi indicado como chefe interino do novo Departamento, convocando a primeira eleição de representantes das diversas categorias de docentes para o Conselho Departamental e a realização de sua primeira reunião para o dia 11 de janeiro de 1983. Dois professores titulares, 9 doutores, 2 auxiliares de ensino e um professor colaborador compunham o  quadro de docentes do recém-criado Departamento, que contava também com 10 técnicos de laboratório. Em maio deste mesmo ano, agregaram-se ao grupo mais dois professores doutores, dois auxiliares de ensino e 09 técnicos, procedentes da Unidade de Pesquisa e Ensino do Hospital Universitário.

 

O Departamento de Imunologia recebeu, então, o espaço físico para alocar os seus funcionários no andar intermediário do Edifício Biomédicas III, compreendendo 12 laboratórios e uma área administrativa restrita para 3 secretárias, além de uma área no andar inferior para abrigar o Biotério de Experimentação. Já em 1987, com o crescimento do Departamento e das atividades de pesquisa e formação de recursos humanos, os docentes pleiteavam um novo prédio, o qual foi concluído em 1994.

 

O número de docentes atingiu o seu patamar mais elevado em 1993, quando havia 21 docentes, a maioria contratada a partir de um processo seletivo rigoroso, baseado nos seguintes critérios: linha de pesquisa definida e profícua, capacidade de captação de recursos para a pesquisa, capacidade de formar recursos humanos de alta qualificação científica e capacidade didática. Em 1995, este número caiu para 16, com a aposentadoria de 4 docentes e a não-renovação de um contrato. Já nesta época, estes docentes eram apoiados no trabalho de pesquisa por um número reduzido de 17 funcionários não-docentes. Outros 12 funcionários não-docentes encontravam-se alocados nos Biotérios de Camundongos Isogênicos (criação) e de Experimentação.

 

O Biotério de Camundongos Isogênicos está instalado no Edifício Biomédicas II desde 1985, numa área de 700 m2, a qual foi adequada aos devidos fins com verba de US$ 700,000.00 da FAPESP e FINEP, e reformada entre 92-93 com uma verba adicional de US$ 70,000.00. Treze linhagens de camundongos specific pathogen free (SPF) e 10 linhagens geneticamente modificadas são mantidas neste Biotério, o qual teve no ano passado uma produção de 30.000 animais. Este biotério é o único da USP e um dos quatro do país acreditados internacionalmente e como tal consta do Índice Internacional de Animais de Laboratório.

 

O Biotério de Experimentação foi transferido para o Edifício Biomédicas IV em 1997, numa área de 620 m2, após a adequação das instalações e aquisição de equipamentos com verba obtida da FAPESP de R$ 330.000,00. Uma colônia de ratos SPF é mantida também neste biotério.

 

O Departamento mudou-se, finalmente, para o prédio novo em 1998, quando foi obtida verba dentro do Programa de Infraestrutura da FAPESP de R$ 600.000,00 para a conclusão da área interna dos laboratórios (bancadas, armários, etc.) e das salas de uso comum.

 

Atualmente, o Departamento de Imunologia conta com 4 professores titulares, 6 associados e 03 doutores.  Dois docentes aposentados mantém também seu laboratório de pesquisa nas dependências do Departamento.  Seis técnicos de nível superior, 07 técnicos de nível médio e 02 técnicos de nível básico estão vinculados aos laboratórios, 11 técnicos (10 básicos e 1 médio) aos biotérios e 4 técnicos administrativos trabalham nas secretarias (geral, graduação e pós-graduação e gerência de projetos).

 

A linha mestra de Pesquisa do Departamento é a elucidação dos mecanismos imunológicos básicos, utilizando-se modelos experimentais e doenças humanas. As linhas atuais compreendem o estudo da: Alergia Experimental e Clínica;  Autoimunidade; Genética e Imunogenética; Imunobiologia do Macrófago; Imunobiologia da Morte Celular; Imunobiologia do Sistema Complemento; Imunobiologia da Transplantação; Imunobiologia de Tumores; Imunodeficiências Humanas; Imunofarmacologia de Mediadores Lipídicos; Imunologia da Doença de Chagas Experimental e Humana; Imunologia da Malária Experimental e Humana; Imunologia da Paracoccidioidomicose Experimental e Humana; Imunologia das Leishmanioses Experimentais e Humanas; Imunologia das Mucosas; Imunologia da Toxoplasmose Experimental e Humana; Imunorregulação e Tolerância Imunológica;  Imunofisiopatologia   da  Aterosclerose.

 

Os docentes têm procurado estabelecer associações com outros pesquisadores do Brasil e do exterior, através de convênios formais ou informais, que têm se mostrado altamente produtivos. Os resultados das pesquisas são publicados, na sua maioria, em revistas internacionais indexadas, em periódicos bastante representativos de cada área de pesquisa.

 

No ensino de Graduação o Departamento ministra disciplinas para cursos de 8 unidades da USP num total de  1.100 alunos. Oferece também uma disciplina optativa para os alunos da Faculdade de Medicina e participa do curso de Ciências Moleculares. Com exceção da disciplina BMI-321, cujo conteúdo versa sobre Imunologia Aplicada às Moléstias Infecciosas, todas as demais disciplinas apresentam um programa fundamental de Imunologia Básica, que é finalizado com assuntos específicos de aplicação, modulados para cada um dos cursos profissionalizantes.

 

O Programa de Pós-Graduação em Imunologia foi credenciado em 1983, tendo já expedido 156 títulos de Mestre e 149 de Doutor.  Desde 1990 o programa tem recebido da CAPES o conceito máximo, exceto em 1998 onde obtivemos o conceito 6.  De 1999 até a presente ano obtivemos o conceito 7.

 

O Programa dispõe de 34 orientadores credenciados no momento, os quais ministram 29 disciplinas.   Atualmente existem 26 alunos matriculados no Mestrado e 55 no Doutorado.

 

Com relação aos critérios para o ingresso no Programa, os alunos de Mestrado são selecionados através de prova escrita sobre os tópicos básicos da área e entrevista sobre o projeto de pesquisa com a Comissão de Seleção, indicada anualmente pela Coordenadoria de Pós-Graduação e composta por 3 orientadores do Programa. Além disso, o candidato deve demonstrar conhecimento básico da língua inglesa através de exame realizado por entidade credenciada. O ingresso no Doutorado é obtido após análise do plano de pesquisa por especialista e entrevista com membros da Coordenadoria, sendo esta última exigência dispensada aos egressos do próprio Programa de Mestrado. A seleção para Mestrado é feita semestralmente desde 1996 e para o Doutorado pode se dar em qualquer época. Nos últimos anos, a passagem para o Doutorado Direto tem sido incentivada para os alunos com maturidade científica e trabalho experimental de alta qualidade, sendo as solicitações julgadas pela Comissão do Exame de Qualificação para o Mestrado. A obtenção do título de Doutor apenas com a defesa da Tese é facultado também pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação, através da portaria 103, após análise do C.V. e o Programa de Pós-Graduação em Imunologia foi o primeiro a ter três alunos titulados desta forma, tendo um terceiro aluno ainda matriculado.

 

Quase a totalidade dos egressos de Doutorado estão atuando nos campos de ensino e/ou pesquisa dentro da Imunologia, em Universidades públicas ou privadas, ou em Institutos de Pesquisa.  Quatro ex-alunos são hoje docentes do Departamento.

 

Com relação à Prestação de Serviços à Comunidade em geral, alguns docentes do Departamento de Imunologia fornecem assessoria na área de Imunodeficiências Primárias, Imunodiagnóstico, Alergia e Oncologia, bem como apoio ao Programa de Registro Latino-Americano de Imunodeficiências Primárias, através de exames laboratoriais para avaliação da imunocompetência humoral e formação de Banco de DNA e de amostras de soro e plasma de portadores de imunodeficiências primárias e seus familiares.

 

A Prestação de Serviços à Comunidade Científica e ao setor público se dá através da cessão de animais a instituições públicas e privadas, ministração de cursos sobre Bioterismo, assessoria a agências financiadoras de pesquisa, participação em corpo editorial de e assessoria a periódicos nacionais e estrangeiros.